
O Ibovespa sobe de forma consistente na tarde desta quarta-feira (22), que conta com importantes indicadores no cenário nacional e internacional.
O Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto, em tradução livre) divulgará por volta das 15h a ata sobre a política monetária dos Estados Unidos, seguido do discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) divulga por volta das 18h30 a nova taxa básica de juros, a Selic. É esperado o aumento de um ponto percentual pelo mercado, o que deixaria a nova taxa em 6,25%.
No momento, o que favorece a bolsa brasileira é a alta do preço de importantes commodities, como o minério de ferro, que disparou 16,84% hoje. O principal motivo são as boas expectativas com a gigante imobiliária chinesa Evergrande, que divulgou um futuro pagamento de juros dentro do prazo. Com isso, Vale e siderúrgicas sobem forte, após quedas significativas nos últimos dias.
Outro alívio para o mercado doméstico é a PEC dos Precatórios, que após acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criou a comissão especial que tratará do projeto na terça-feira. Hoje, a comissão foi oficialmente instalada com os 34 deputados titulares.
Nos EUA, os índices se recuperavam de perdas recentes nesta quarta com o alívio de preocupações sobre calote da China Evergrande, enquanto os investidores aguardavam pistas sobre a trajetória de política monetária do Federal Reserve ao fim de sua reunião, mais tarde no dia.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, operava em alta de 2,24%, cotado a 112.719,52 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra estabilidade, com leve queda de 0,08%, cotado a R$ 5,282.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão subindo. O S&P 500 está operando em +1,15% (4.404,10), o Nasdaq registra +0,99% (14.890,80), enquanto o Dow Jones está em +1,30% (34.359,67).
Confira os destaques desta quarta:
SPE reconhece riscos de crise hídrica e pandemia mas ainda vê expansão acima de 2% em 2022
A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia reconheceu nesta quarta-feira que a crise hídrica e a pandemia de Covid-19 representam riscos para a atividade brasileira, mas disse que a ausência de piora desses fatores justifica projeção de crescimento acima de 2% em 2022.
O resultado também está vinculado, segundo a SPE em nota informativa, à continuidade do processo de consolidação fiscal e reformas pró-mercado.
Várias instituições financeiras importantes têm revisado para baixo suas expectativas para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no ano que vem, com algumas prevendo expansão inferior a 1% em meio aos riscos representados pela escassez nos reservatórios de água, pressão inflacionária e juros mais altos.
Copom: maioria das casas de análise espera elevação da Selic para 6,25%
Ocorre a reunião do Banco Central, nesta quarta-feira (22), às 18h30, que trará a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a Selic, a taxa básica de juros
Segundo as projeções da Broadcast de 51 instituições, 44 preveem aumento da Selic em 1 ponto percentual, de 5,25% para 6,25%.
A mediana da Selic terminal, no entanto, indica taxa de 8,25% no fim de 2021 e de 8,50% no final de 2022.
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