
O Ibovespa finalizou o dia em queda nesta sexta-feira (17) e ficou dentro da margem de 111 mil pontos, após o presidente da República, Jair Bolsonaro, assinar um decreto para aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF).
O aumento do IOF valerá no período entre 20 de setembro e 31 de dezembro, e irá gerar um aumento de arrecadação estimado em R$ 2,14 bilhões. De acordo com o Ministério da Economia, o decreto eleva a alíquota do IOF nas operações de crédito efetuadas por pessoas jurídicas da atual alíquota anual de 1,50% para 2,04%, e para pessoas físicas dos atuais 3,0% anuais para 4,08%.
Os principais índices de ações dos Estados Unidos também fecharam em queda nesta sexta, com gigantes da tecnologia liderando as perdas, enquanto a incerteza sobre os impostos corporativos mais altos e a próxima reunião do Federal Reserve impediam os operadores de fazer grandes apostas.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 2,07%, cotado a 111.439,37 pontos.
O dólar fechou em alta de 0,32%, cotado a R$ 5,282.
Nos EUA, as bolsas fecharam em baixa. O S&P 500 indicou -0,92% (4.432,74), o Nasdaq registrou -0,91% (15.043,97), enquanto o Dow Jones ficou em -0,48% (34.582,90).
Confira outros destaques desta sexta:
Auxílio Brasil será de R$300, diz Funchal
O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, disse nesta sexta-feira que o programa Auxílio Brasil, que substituirá o Bolsa Família, pagará um valor médio de 300 reais aos beneficiários.
O programa é considerado crucial para a estratégia de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, que há meses vinha citando o valor de 300 reais como patamar mínimo para o benefício, criado por medida provisória editada em agosto sem a previsão de valores.
Segundo Funchal, por restrições eleitorais, o novo programa social não poderia ser implantado no ano que vem, o que explica a decisão do governo de viabilizar sua execução ainda em 2021 com o aumento da alíquota do imposto sobre operações financeiras (IOF) que incide sobre operações de crédito.
ONS eleva previsão de carga de energia em setembro e vê menos chuvas no Sul/Sudeste
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) elevou nesta sexta-feira sua projeção de carga de energia no país em setembro para um crescimento de 1,5%, ante alta de apenas 0,4% na previsão anterior.
Em informe semanal, o ONS ainda apontou projeção de chuvas no Sul e Sudeste/Centro-Oeste inferiores ao projetado antes, um indicativo negativo para o país que precisa recuperar o quanto antes o nível dos reservatórios da hidrelétricas diante da pior crise hídrica em 91 anos.
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