O Itaú Unibanco alterou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano de 5,7% para 5,3%. Já em 2022, o banco alterou a estimativa de 1,5% para 0,5%.
De acordo com o Itaú, a desaceleração em 2022 é esperada já que “os fatores que impulsionaram o crescimento deste ano estão se esgotando”. Além disso, o banco apontou que a revisão ocorreu principalmente por causa de uma expectativa de taxa de juros mais elevada.
O banco espera mais três aumentos de 1 ponto percentual na Selic neste ano e um último de 0,75 ponto em 2022, com a taxa básica de juros chegando a 9%.
A projeção do IPCA foi elevada de 7,7% para 8,4% em 2021, incorporando a surpresa altista no IPCA de agosto e revisão na trajetória de curto prazo em combustível de veículos, alimentos, bens e serviços.
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“A inflação permanece pressionada e com alta disseminada. As medidas de inflação subjacente seguem rodando pressionadas e acima do compatível com a meta de inflação, tanto em bens, que ainda não mostraram sinais de arrefecimento, quanto em serviços, já com sinais de aceleração em itens mais inerciais”, diz o relatório.
A estimativa do IPCA para 2022 também foi revisada de 3,9% para 4,2%. “Supondo alguma normalização do cenário de chuvas no próximo ano, esperamos bandeira tarifária vermelha 1 em dezembro de 2022”, afirma o banco.
Todos esses fatores resultam em uma pressão mais duradoura sobre a taxa de câmbio. “Continuamos projetando apreciação do câmbio em relação aos patamares atuais este ano, porém de forma menos intensa em razão das incertezas domésticas”, diz o Itaú.
O Itaú elevou a projeção do dólar de R$ 4,75 para R$ 5,00 para o fim deste ano e para R$ 5,20 por dólar ao final de 2022 (ante R$ 5,10).
“Ainda acreditamos que há fundamentos importantes que justificam a apreciação da moeda em relação aos patamares atuais, entre eles a taxa Selic mais alta e os preços de commodities elevados que resultam em fluxos comerciais e financeiros mais favoráveis. No entanto, as incertezas domésticas (especialmente relacionadas à evolução das contas públicas nos próximos anos) impedem uma apreciação mais expressiva da moeda”, dizem os economistas.
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