
O UBS BB iniciou a cobertura para as ações da Raízen (RAIZ4) com recomendação de compra, destacando perspectiva de crescimento favorável com energias renováveis. O preço-alvo é de R$ 9,60, ou um potencial de alta de cerca de 50% em relação ao fechamento da véspera.
“Em energias renováveis e açúcar, a Raízen possui uma escala difícil de competir; isso permite que a empresa surfe o cenário positivo — e, em nossa opinião, estrutural — em açúcar e etanol”, escrevem os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, em relatório divulgado nesta sexta-feira (10); o braço de distribuição de combustíveis da Raízen é classificado como “firme e forte”.
Joint-venture entre a Cosan e a Shell, a Raízen tem três grandes divisões: distribuição de combustíveis, açúcar e energias renováveis. Para o banco, a empresa está bem entre todos estes segmentos.
No setor de açúcar, avaliam, a companhia é a especialista em uma indústria mais forte. “A Raízen já estava entre as maiores fornecedoras globais de açúcar, mas ampliou ainda mais sua alcance com a aquisição da Biosev. Isso se refletiu na empresa alcançando melhores condições de preços do que outros produtores no passado, uma tendência que esperamos acelerar, levando as margens brutas de 13% em 2020 para 23% em 2024”.
No caso de renováveis, esse é um “jogo de longo prazo”, mantido por preços fortes de curto prazo, dizem os analistas em relatório.
“A capacidade significativa de abastecimento de biomassa da Raízen permite à empresa fornecer fontes renováveis de energia em todo o mundo, contribuindo para que países e empresas alcancem as metas de redução de emissões”, reforçam os analistas.
“Vemos potencial de crescimento de possíveis mudanças no marco regulatório brasileiro e com a expansão no Paraguai. Mas o negócio sólido, com a Raízen entre as melhores operadoras do setor, dá suporte para a expansão no segmento de renováveis”, avaliam os analistas quanto a distribuição de combustíveis.