O Bank of America revisou as projeções para as ações de companhias aéreas da América Latina, em relatório divulgado nesta segunda-feira (13).
Apesar de elogiar a atuação da Gol (GOLL4) e da Azul (AZUL4) durante a pandemia, citando que elas “fizeram um trabalho impressionante no ajuste das operações, na negociação dos passivos e na sustentação da liquidez”, os analistas Murilo Freiberger e Gustavo Tasso rebaixaram a recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) e ações, negociadas na B3, de neutra para underperform das empresas.
Com isso, o preço-alvo para a ação da Azul é de R$ 36, apresentando potencial de alta de 2,5% frente ao último fechamento e de US$ 20,80 para o ADR.
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Já a Gol, o preço-alvo é de R$ 21 para GOLL4, com potencial de alta de 9% frente ao último fechamento, e de US$ 8,10 para o ADR.
“Ainda vemos uma ‘conta Covid’ considerável a ser paga, com os passivos de ambas elevando por volta de US$ 5 bilhões frente os níveis pré-pandemia”, avaliam.
Além disso, o BofA diz que, considerando as normas financeiras internacionais (IFRS), o total de passivos das duas companhias pode estar sendo subestimado pelos investidores.
Para eles, é preciso considerar: “i) as regras de renegociação de dívidas, fazendo a Azul usar uma taxa de desconto maior para os passivos de aluguel de aeronaves” e “ii) a duração do leasing com a idade maior da frota de aviões da Gol levando a uma diminuição do volume do passivo”.
“Mesmo levando em conta que esperamos o Ebitda de Gol e Azul em 2022 volta aos níveis de 2019, e considerando os passivos ajustados pelas normais internacionais, ainda vemos um valuation desafiador para as aéreas brasileiras”, dizem Freiberger e Tasso.
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