Resultados ruins para o Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre provocou revisões para baixo na expectativa para este ano, mas o sinal de alerta está aceso mesmo é para 2022, com a possibilidade de crise hídrica somando-se a outros riscos e colocando a possibilidade de estagnação no radar.
Veja mais:
- Reforma do IR: Analista prevê ‘dificuldade’ na aprovação do texto-base no Senado
- Economista-chefe do Banco Inter analisa inflação e crescimento do país
A produção industrial brasileira também reportou resultados ruins, registrando uma queda de 1,3 por cento em julho na comparação com o mês anterior, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (2).
Apesar dos resultados do PIB vierem dentro do esperado, os dados da produção industrial ficaram abaixo das projeções e isso deve gerar revisão de expectativa, conforme analisa Alvaro Bandeira, economista-chefe do Modalmais. Para ele a tendência é trabalhar com o PIB deste ano a 5% e, eventualmente, até abaixo.
“A mesma coisa acontece com o PIB de 2022. Quando se esperava 2,5%, agora há quem trabalhe com 1,5% de crescimento, sendo que o carregamento desse PIB de 2021 para 2022 já daria cerca de 1%, então é exatamente um crescimento bastante modesto para o ano de 2022”, avaliou Alvaro à BM&C News.
Diante do cenário de crise hídrica, com um eventual repasse de aumento de custos, principalmente das empresas intensivas em energia, repasse de custo para o consumidor final e expectativa de inflação em alta para 2022, a projeção para o crescimento do país já está acima do centro da meta de 3,5%, como aponta a pesquisa Focus.
Com isso, Alvaro avalia um cenário pessimista para o ano que vem: “Certamente as expectativas estão diminuindo em relação ao ano de 2022 e os problemas que a gente tinha originalmente de quadro fiscal, de déficit do governo central, de agricultura envolvendo as exportações brasileiras também pioraram um pouco. Então é um quadro complicado, principalmente se não conseguirmos fazer as reformas e se essas reformas não forem boas o suficientes para produzirmos algum tipo de resultado”, destacou.
Confira a entrevista completa:
Se inscreva no nosso canal e acompanhe a programação ao vivo
*Com Reuters