
Os primeiros negócios foram negativos para a bolsa nesta quarta-feira (1), essa negatividade continua se dando ao fato de um ambiente desfavorável no exterior, como o EUA criando menos vagas de emprego em agosto do que o esperado, mas também a baixa no PIB nacional e a crise energética se tornando um assunto cada vez mais relevante no cenário política brasileiro. O declínio é liberado também mais uma vez pelo minério de ferro, que tomba 6,7% na China
Às 10h42 o Ibovespa, que abriu em queda, registra agora uma alta de 0,10% aos 118.902,16 pontos. Nos destaque do dia estão: Devido a queda do minério de ferro na China, siderúrgicas estão ao topo das maiores quedas, Usiminas (USIM5) lidera as quedas do índice com recuo de 3,90% (R$ 16,77), seguida por Metalúrgica Gerdau (GOAU4), que cai 3,40% (R$ 12,49); VALE3 (-2,523%, R$ 96,19); CSN (CSNA3) -2,75% (R$ 33,90) e Gerdau (GGBR4) -2,68% (R$ 27,56). Já Petrobras é derrubada pela virada negativa do petróleo antes da reunião da Opep+, (#PETR3 -0,93%, R$ 27,66; #PETR4 -0,92%, R$ 26,94).
Já os bancos com mais um dia de recuperação com foco na negociação da reforma do IR. Bradesco ON (BBDC3) sobe 0,90% (R$ 20,12); Bradesco PN (BBDC4) +0,73% (R$ 23,32); Banco do Brasil (BBAS3) +0,99% (R$ 30,73); Itaú (ITUB4) +1,52% (R$ 31,40) e Santander (SANB11) +0,12% (R$ 41,99).
Mais cedo, O mercado de trabalho americano divulgado pelo ADP mostrou criação de vagas abaixo do esperado, mas o indicador tem destoado do payroll, que é o foco principal essa semana.
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Política
No cenário política nacional, o destaque para a baixa do PIB nacional, que teve queda de 0,1% no segundo trimestre do ano, em relação ao primeiro trimestre, ficando abaixo da expectativa criado. Segundo a Reuters, a espera era de que o PIB tivesse um crescimento de 0,2%. Além da saída do PIB, a crise energética foi o assunto abordado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, que disse que pode ser que tenha que ocorrer algum racionamento para evitar que a população fique sem luz.
Dólar
O dólar caía contra o real nesta quarta-feira, dia positivo para ativos de risco no exterior, enquanto os operadores digeriam dados sobre o crescimento econômico do Brasil no segundo trimestre.
Às 9:36, o dólar recuava 0,44%, a 5,1497 reais na venda, enquanto o dólar futuro tinha queda de 0,09%, a 5,174 reais.
No exterior, o índice do dólar caía 0,10% nesta quarta-feira, enquanto rand sul-africano, lira turca e peso mexicano ganhavam entre 0,25% e 0,8%.
Alexandre Netto, chefe de câmbio da Acqua-Vero Investimentos, explicou que apetite por moedas consideradas arriscadas ganhou força desde o final da semana passada, quando o chair do Federal Reserve, Jerome Powell, sinalizou que o banco central dos Estados Unidos terá cautela ao reduzir suas medidas de estímulo de combate aos efeitos econômicos da pandemia.
Agora, dizem analistas, os holofotes estarão sobre números de emprego dos EUA, de sexta-feira, que podem oferecer novas pistas sobre o curso da política monetária norte-americana.
Números nesta quarta-feira da ADP mostraram que os empregadores do setor privado dos EUA contrataram bem menos trabalhadores do que o esperado em agosto, o que tende a prejudicar o dólar globalmente, disse Netto.
Enquanto isso, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil teve queda de 0,1% no segundo trimestre em relação aos três meses anteriores, segundo dados do IBGE divulgados nesta quarta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de um crescimento no segundo trimestre de 0,2%, na comparação trimestral.
Na véspera, o dólar à vista caiu 0,32%, a 5,1724 reais na venda.
Com Reuters e BDM