
O Ibovespa passou por uma montanha-russa durante a tarde desta quarta-feira (18) e encerrou o dia em queda, como registrava pela manhã. A ata do Federal Reserve (Fed), nos Estados Unidos, movimentou o mercado nesse final do pregão. Os papéis de empresas importantes para o índice também influenciaram na baixa de hoje.
As ações da Vale (VALE3) fecharam em queda de 2,37%, na esteira do declínio dos preços do minério de ferro na China.
A reforma do Imposto de Renda mais uma vez foi adiado na terça-feira. Deputados não chegaram em um acordo, e um dos motivos é a arrecadação de Estados e municípios, que pedem mais R$ 18 bilhões para receber apoio, de acordo com reportagem do Estado de S. Paulo. O projeto será votado na semana que vem.
Nos EUA, as bolsas tiveram perdas maiores no final do pregão com a divulgação da ata do Fed.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou mais um dia em baixa de 1,07%, cotado a 116.642,62 pontos.
O dólar fechou em forte alta de 1,99%, cotado a R$ 5,374.
Nos EUA, as bolsas fecharam em baixa. O S&P 500 indicou -1,07% (4.400,28), o Nasdaq registrou -0,89% (14.525,91), enquanto o Dow Jones ficou em -1,08% (34.941,87).
Confira outros destaques desta quarta:
Ata do Fed mostra divisão sobre empregos e redução de compras de títulos
As autoridades do Federal Reserve sentiram que seu referencial de emprego para reduzir o suporte à economia “pode ser alcançado este ano”, mas ainda não havia sido atendido, de acordo com a ata da reunião de política monetária do mês passado, na qual elas discutiram quando encerrar o estímulo da era da pandemia e como responder à inflação acima do esperado.
“A maioria dos participantes esperava que a economia continue a fazer avanços na direção desses objetivos” e que a meta “poderia ser alcançada este ano”, apontou a ata do encontro de 27 e 28 de julho, divulgada nesta quarta-feira.
Em meio a desentendimentos sobre por quanto tempo o Fed deveria esperar para reduzir suas compras mensais no valor de 120 bilhões de dólares, “vários participantes” disseram que a política monetária ainda é necessária para recuperar os danos da pandemia ao mercado de trabalho, “alguns” disseram que a política do Fed tem pouco mais para contribuir e “vários” afirmaram que as condições do mercado de trabalho antes da pandemia “podem não ser o referencial correto” dadas as mudanças duradouras na economia.
Fluxo cambial total no ano é positivo em US$ 17,76 bi até 13 de agosto
O fluxo cambial do ano até 13 de agosto ficou positivo em US$ 17,763 bilhões, informou nesta quarta-feira (18) o Banco Central. O resultado era negativo em US$ 15,186 bilhões em comparação ao mesmo período do ano passado.
A saída pelo canal financeiro neste ano até 13 de agosto foi de US$ 1,382 bilhão. O resultado é fruto de aportes no valor de US$ 323,140 bilhões e de envios no total de US$ 321,758 bilhões. O segmento reúne os investimentos estrangeiros diretos e em carteira, remessas de lucro e pagamento de juros, entre outras operações.
No comércio exterior, o saldo anual acumulado até 13 de agosto ficou positivo em US$ 16,381 bilhões, com importações de US$ 128,056 bilhões e exportações de US$ 144,438 bilhões. Nas exportações estão incluídos US$ 18,932 bilhões em Adiantamento de Contrato de Câmbio (ACC), US$ 38,290 bilhões em Pagamento Antecipado (PA) e US$ 87,215 bilhões em outras entradas.
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