O Banco Central divulgou, nesta sexta-feira, o Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, que é considerado uma prévia do Produto Interno Bruto, com uma alta 1,14% em junho na comparação com maio. Os números ficaram acima do esperado. Para esclarecer esses dados, a BM&C News conversou com o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini. Para ele, o IBC-Br reforçou o reaquecimento gradual da economia brasileira.
“O indicador mostrou um crescimento de 1,1% em junho em relação a maio. Ou seja, na margem, reforçando o fôlego de recuperação da economia brasileira. E também com o dado de junho nós temos fechado o primeiro semestre que mostra uma alta de 7% em relação ao primeiro semestre de 2020. Vale lembrar que em 2020, no primeiro semestre, foi o pior momento da economia brasileira por conta do início da pandemia. Então daqui pra frente, a expectativa é que tenhamos ainda um crescimento da economia brasileira mas de uma forma um pouco menos robusta, como observado agora”, reforça Agostini.
Veja mais:
- Desvalorização do real, commodities e auxílio emergencial contribuíram para inflação, diz Campos Neto
- Alta em energia e gás traz inflação maior para mais pobres ante mais ricos
Segundo o Banco Central, na comparação com junho do ano passado, o IBC-Br teve uma expansão de 9,07%. Já no acumulado dos 12 meses até junho de 2021, houve crescimento de 2,33% – sem ajuste sazonal. Segundo Alex Agostini, grande parte do crescimento está relacionada à vacinação.
“Esse desempenho do IBC-BR foi positivo. Ele foi amparado por um setor de serviços que tem mostrado crescimento e isso, claro, graças ao início da vacinação e o seu processo de aceleração. As pessoas tem mais confiança para fazer suas relações presenciais, por exemplo, turismo, transporte aéreo, hotelaria, então estamos requerendo a economia”, diz Agostini.
Acompanhe a opinião de Alex Agostini no vídeo abaixo: