
Assim como no começo desta semana, o Ibovespa oscilou na tarde desta terça-feira (10), mas fechou o pregão em queda. A alta no preço das commodities e a subida dos papéis de empresas ligadas a esses produtos não foi suficiente para manter o índice na estabilidade, que sofreu com as notícias do dia sobre inflação, juros e os ruídos políticos em Brasília.
Nesta terça, teve a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,96% em julho, após alta de 0,53% no mês anterior; a ata do Comitê de Política Monetária (Copom), que chamou atenção para uma alta da inflação no Brasil; e o cenário político nada favorável em Brasília, onde ocorreu uma passeata de blindados da Marinha na qual a oposição do governo chama de intimidação e ameaça.
Nos Estados Unidos, as bolsas registraram ganhos e perdas no fechamento. O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta terça o pacote de infraestrutura bipartidário de US$ 1,2 trilhão proposto pelo presidente norte-americano, Joe Biden. Foram 69 votos a favor e 30 contra. O texto será encaminhado agora para a Câmara dos Representantes.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em queda de 0,66%, cotado a 122.202,47 pontos.
O dólar também fechou em queda de 0,96%, cotado a R$ 5,196. A moeda norte-americana apresentou mínima de R$ 5,185 e máxima de R$ 5,267.
Nos EUA, as bolsas fecharam mistas. O S&P 500 indicou +0,10% (4.436,82), o Nasdaq registrou -0,49% (14.788,09), enquanto o Dow Jones ficou em +0,46% (35.264,08).
Confira outros destaques desta terça:
Plenário da Câmara avalia voto impresso em clima de crise entre os poderes
O plenário da Câmara dos Deputados vota nesta terça-feira, 10, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso. O texto atualmente é motivo de uma crise institucional entre o presidente Jair Bolsonaro e o Poder Judiciário, com atritos especialmente em relação ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, que é contra e, por isso, tem sido atacado pessoalmente por Bolsonaro e aliados.
Bandeira bolsonarista, o voto impresso já foi tema de várias declarações em tom de ameaça por parte de Bolsonaro. O presidente tem reinterado que, sem essa medida, as eleições de 2022 não serão reconhecidas como legítimas e podem nem sequer acontecer.
BC fará o que for necessário para garantir inflação na meta em 2022, diz diretor
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra, afirmou nesta terça-feira (10) que o BC está engajado para fazer a inflação chegar ao centro da meta em 2022 e 2023 e fará o que for necessário para tanto.
Ao participar de live promovida pelo Goldman Sachs, Serra lembrou que a indicação do BC é de que fará outro ajuste tempestivo nos juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em setembro, sendo que no momento este nível de aperto, de elevação de 1 ponto percentual, é visto como “bem adequado”.
Serra destacou que no ano passado a preocupação do BC era fechar o hiato do produto e com a possibilidade de não entregar a inflação no centro da meta em 2021, mas que a autoridade monetária tem se surpreendido a cada ciclo do Copom com condicionantes de inflação, com o reconhecimento de que aumentos de preços em commodities têm sido mais persistentes do que no passado.
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