
Em junho, o governo dos Estados Unidos leiloou lotes apreendidos de criptomoedas que foi confiscada como parte de um caso de descumprimento fiscal, ou seja, sonegação de impostos. A ação foi coordenada pelo Internal Revenue Service – IRS, serviço de receita do Governo Federal dos Estados Unidos, que faz parte do Departamento do Tesouro. Esse tipo de venda não é novidade nos Estados Unidos. Durante anos, o governo confiscou, acumulou e vendeu criptomoedas, juntamente com os ativos provenientes de operações criminosas de alto nível. A afirmação foi feita por Jarod Koopman, diretor da unidade de crimes cibernéticos do IRS.
“No ano fiscal de 2019, foram cerca de US$ 700.000 em apreensões de criptografia. Em 2020, eram até US$ 137 milhões. E até agora, em 2021, já foram apreendidos US$ 1,2 bilhão”, diz.
À medida que o cibercrime aumenta – e o transporte de tokens digitais junto com ele – espera-se que os cofres criptográficos do governo aumentem ainda mais. A operação de apreensão e venda de criptografia está crescendo tão rápido que o governo acabou de solicitar a ajuda do setor privado para gerenciar o armazenamento e as vendas de seu tesouro de tokens criptográficos.
Quando começou
A derrubada do Silk Road em 2013 – um comércio clandestino online onde acontecia a comercialização de drogas a armas de fogo – foi onde os agentes federais começaram a trabalhar em busca e apreensão de criptografia. O serviço secreto americano trabalha agora para criar estratégias para rastrear e apreender tokens criptograficamente construídos, o que revela a evolução dos crimes cibernéticos.
Para onde vai o dinheiro
Existem três conjunturas principais no fluxo de bitcoin e outras criptomoedas por meio do sistema de justiça criminal nos Estados Unidos. A primeira fase é a busca e apreensão. A segunda é a liquidação da criptografia invadida e, a terceira, é a distribuição das receitas dessas vendas de criptografia.
Depois que um caso é encerrado e a criptografia trocada por moeda fiduciária, os federais dividem os recursos. O produto da venda é normalmente depositado em um de dois fundos: O Fundo de Confisco do Tesouro ou o Fundo de Confisco de Ativos do Departamento de Justiça. O Congresso, por exemplo, pode rescindir o dinheiro e aplicá-lo no financiamento de projetos.