
O Ibovespa começou a dia em queda nesta terça-feira (3), mas voltou próximo do fechamento de ontem e registra estabilidade. Os resultados trimestrais ajudam a impulsionar para cima, enquanto o cenário político doméstico empurra o índice para baixo.
Hoje, quem apresenta os balanços é o Bradesco (BBDC4), XP e Omega Geração, após o fechamento de mercado.
Nos Estados Unidos, a temporada de balanços positivos leva as bolsas a operarem em alta. Os bons lucros, voltando próximo ao período pré-pandemia incentiva os investidores a acreditar na recuperação econômica.
O IPO da Raízen continua no radar do mercado, que terá a definição de preço marcada para hoje. Já nos indicadores, os destaques são para os dados da produção industrial. Este é um indicador importante para entender o ritmo de crescimento da economia e também de retomada diante dos impactos da pandemia.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, opera em estabilidade, com leve queda de de 0,04%, cotado a 122.465,00 pontos às 13h30.
O dólar comercial registra alta de 1,34%, cotado a R$ 5,234.
Nos Estados Unidos, as bolsas estão em alta nesta terça. O S&P 500 está operando em +0,44% (4.406,50), o Nasdaq registra +0,22% (14.713,60), enquanto o Dow Jones está em +0,44% (34.992,20).
Confira os destaques desta terça:
‘Devo, não nego; pagarei assim que puder’, diz Guedes sobre precatórios
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta terça-feira que o Estado brasileiro não tem capacidade para o pagamento dos precatórios, valores devidos a empresas e pessoas físicas após sentença definitiva na Justiça, programados para 2022. Mas, segundo ele, propor o parcelamento de parte dessas dívidas em até dez anos não é um calote. “Devo, não nego; pagarei assim que puder”, afirmou.
O ministro afirmou que a intenção não é permitir o uso como crédito tributário, para evitar que empresas, por exemplo, deixem de pagar impostos por determinado período, o que colocaria em risco a arrecadação. “Usa os recursos do passado e fica sem pagar imposto por dois ou três anos e colapsa o Estado”, disse Guedes.
Dólar salta a R$ 5,24 com cautela política e fiscal
O dólar ignora a queda no exterior e teve máxima a R$ 5,2452 no mercado à vista na manhã desta terça-feira (3) após breve queda na abertura com o exterior positivo. A moeda americana estressou com novos ataques do presidente Jair Bolsonaro ao ministro do Tribunal Superior Eleitoral, Luis Barroso, e ameaças às eleições.
Na agenda, a produção industrial ficou estável em junho ante maio, na série com ajuste sazonal – abaixo da mediana das estimativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que era positiva em 0,15%. As previsões iam de queda de 2,60% a alta de 1,20%. Em relação a maio de 2020, a produção subiu 12,00%, também menor que a mediana de 12,50% (intervalo alta 6,84% a 16,10%). A indústria acumula alta de 12,9% no ano de 2021. Em 12 meses, a produção acumula alta de 6,6%.