
O Ibovespa fechou em forte queda nesta sexta-feira (30) e retornou aos 121 mil pontos. Os dados do desemprego divulgados de manhã pelo IBGE, e as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre as eleições anteriores causaram receio aos investidores para uma recuperação econômica mais firme.
As ações da Vale influenciaram fortemente o índice. A VALE3 encerrou o dia em baixa de 5,89%, a R$ 108,76. O resultado foi motivado pelo preço do minério de ferro, que despencou 7,39% em Qingdao, sendo negociado a US$ 181,57 a tonelada.
A taxa de desocupação ficou em 14,6% no trimestre entre março e maio de 2021 e manteve estabilidade em relação ao três meses anteriores que ficou em 14,6%. A população desocupada chegou a 14,8 milhões de pessoas e se manteve estável em comparação com o trimestre terminado em fevereiro, com 14,4 milhões de brasileiros.
Além disso, os fatos internacionais impulsionam as perdas dentro e fora do Brasil.
Os dados econômicos nos Estados Unidos continuam modestos, abaixo do esperado pelos investidores. O PIB cresceu a uma taxa anualizada de 6,5% no último trimestre, de acordo com o Departamento do Comércio na quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam que o PIB cresceria a um ritmo de 8,5% no trimestre passado.
Alem disso, os resultados trimestrais das big techs, como Facebook, Apple e Amazon foram positivos, mas eram esperados dados mais robustos.
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O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, fechou em forte queda de 3,08%, cotado a 121.800,79 pontos. O índice fechou julho com a mesma queda de hoje, em 3,08%.
O dólar fechou em alta de 2,57%, cotado a R$ 5,209.
Nos EUA, as bolsas fecharam todas em baixa. O S&P 500 indicou -0,54% (4.359,29), o Nasdaq registrou -0,71% (14.672,68), enquanto o Dow Jones ficou em -0,42% (34.936,13).
Confira outros destaques desta sexta:
Contas públicas registram déficit de R$ 65,5 bilhões, diz BC
As contas públicas apresentaram déficit primário de R$ 65,508 bilhões no mês de junho em relação à maio, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). A registro negativo é devido ao aumento de despesas com precatórios e antecipação do 13º salário dos aposentados. O valor apresentado é o consolidado do setor público formado por União, estados e municípios.
“Esses dois fatores exclusivamente explicam 87% dessa piora no resultado do déficit primário no setor público na passagem de maio para junho. São dois fatores pontuais que explicam a mudança e a trajetória fiscal do país segue a mesma”, disse, durante coletiva virtual para apresentar os dados.
Em 12 meses, encerrados em junho, as contas acumulam déficit primário de R$ 305,456 bilhões, o que corresponde a 3,81% do Produto Interno Bruto (PIB). Para o chefe do departamento do BC, a situação fiscal ainda precisa de bastante melhora e é o esperado que aconteça.
PNAD Contínua: desemprego fica em 14,6 e atinge 14,8 milhões
A população ocupada (86,7 milhões de pessoas) cresceu 0,9% (mais 809 mil pessoas) em relação ao trimestre móvel anterior e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2020.
O percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar chegou a 48,9%, ficando estável frente ao trimestre móvel anterior (48,6%) e caindo 0,6 p.p. em comparação com o mesmo trimestre de 2020 (49,5%).
A taxa de desemprego foi a segunda mais alta da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Os dados são da PNAD contínua e foram divulgados nesta sexta-feira (30).