Mesmo com pandemia e desafios impostos por escassez e aumento nos custos do aço, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o PIB do setor em 2021 subiu de 2,5% para 4%.
Esse seria o maior crescimento para o setor desde 2013. As informações são do estudo Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º trimestre de 2021, apresentado pela CBIC nesta segunda-feira (26).
Segundo o presidente da CBIC, José Carlos Martins, mesmo com resultados positivos, a construção está crescendo bem abaixo de sua capacidade.
“Poderia ser um ano histórico em termos de crescimento e contratação de trabalhadores. Mas alguns fatores, como o aumento dos insumos, criaram temor nos empresários e acabou que não estamos com a atividade que poderíamos estar”, afirmou Martins.
Veja também:
- Greve dos caminhoneiros: Com baixa adesão, atos ocorrem em 15 estados
- Eletromidia compra 74,65% da Otima por mais de R$ 415 mi
De acordo com a economista da CBIC, Ieda Vasconcelos, essa melhora não significaria um forte crescimento. “É preciso considerar que de 2014 até 2020 o setor acumulou uma queda de 33,34%. E mesmo com o crescimento de 4% em 2021, a retração desse período continuará superior a 30%, o que é bastante expressivo”, disse a economista.
Ieda completa dizendo que para ocorrer a recuperação total é preciso que a construção continue crescendo mais alguns anos nessa intensidade.