Os resultados financeiros do Bank of America, segundo maior banco dos Estados Unidos, foram reflexo da decisão de liberar US $ 2,2 bilhões em reservas contra os empréstimos de risco. Essas reservas foram feitas na época de pandemia em alta.
O Bank of America divulgou lucro na última quarta-feira de US $ 9,22 bilhões no segundo trimestre, ante US $ 3,53 bilhões um ano antes. O banco ganhou US $ 1,03 por ação, superando os 77 centavos previstos por analistas ouvidos pela FactSet. Ainda assim, a receita no segundo trimestre foi 4% abaixo do ano anterior.
Assim como outros bancos, incluindo JPMorgan, o Bank of America tem liberado seus estoques de perdas com empréstimos à medida que a economia dos EUA se recupera. O CEO Brian Moynihan destacou que “Os gastos do consumidor ultrapassaram significativamente os níveis pré-pandêmicos, o crescimento dos depósitos é forte e os níveis de empréstimos começaram a crescer”.
As taxas de banco de investimento foram um ponto forte no JPMorgan e Goldman Sachs, que aproveitaram a onda das empresas em fazerem negócios e tiveram ganhos de dois dígitos em suas receitas de banco de investimento.
No Bank of America, essas taxas de banco de investimento caíram quase 2% e as ações do Bank of America caíram 2,5%. O Bank of America, assim como os outros bancos, se beneficiou com a reabertura de empresas, preços recordes de ações e maior disposição das pessoas para gastar depois de um ano de retração.
Mas as taxas baixas e a demanda de empréstimos mais morna desafiaram os bancos. O Bank of America em particular é sensível às taxas de juros. A receita líquida de juros no segundo trimestre caiu 6% em relação ano passado. Embora as taxas permaneçam nos níveis mais baixos, há sinais de que os empréstimos estão se recuperando e os bancos devem registrar movimentos melhores nesses gráficos.
