
O ministro da economia, Paulo Guedes, participou de uma live, feita pelo Valor Econômico, nesta quarta-feira (14) com o Diretor-Adjunto de redação do jornal, Cristiano Romero. Nas duas horas de conversa, o economista falou sobre os temas mais atuais do momento na pauta econômica.
Guedes falou sobre a reforma tributária e a perda de arrecadação; comentou sobre a carga de impostos e a relação com o PIB a longo prazo; pediu moderação entre os três poderes; e acredita que a CPI da Covid está comprometendo o trabalho do Senado.
Confira as principais falas do ministro:
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Reforma tributária do IR
O ministro destacou que a queda de arrecadação não será um empecilho, pois o valor já está compensado. “Não tem problema, já está pago. Antes de começar a reforma já está pago”, disse Guedes.
“Como liberais, preferimos correr o risco de errar para o lado de redução de carga que errar pelo aumento de carga tributária”, destacou Guedes, em tentativa de tranquilizar o mercado. Alguns especialistas acreditam que a reforma atual não irá diminuir a carga tributária, mas o oposto.
Reeleição e PIB
Paulo Guedes afirmou na live que caso o governo seja reeleito, o objetivo será continuar nas tentativas de redução de impostos. “Se o governo for reeleito, vamos continuar baixando”, comentou o ministro. “Somos liberais-democratas. Se os impostos subiram de 18% para 36% ao longo dos últimos 40 anos, nossa ideia é baixar isso para pelo menos 25% do PIB.”
Insistindo nos tópico de redução de tributos, falou que cumprirá a promessa de campanha de diminuir impostos após quatro décadas de aumento.
CPI da Covid
Guedes disse que a CPI da Covid está atrasando os trabalhos do senado para a aprovação de reformas importantes, como a tributária e a administrativa. “[Rodrigo Pacheco] é uma excelente liderança, tenho certeza que as reformas vão andar, mas o que está acontecendo é que a CPI agora está entupindo o trabalho do Senado”, criticou Guedes. “O Senado, ao invés de estar dedicado às reformas, está resolvendo problema de compra de vacina.”
Além disso, ele protegeu o presidente Jair Bolsonaro, afirmando que não acredita na hipótese dos fatos atingirem o presidente da República. “O presidente não entra em conversa furada de corrupção, não dá nem espaço para esse tipo de conversa. Tenho certeza de que em nenhum momento isso vai atingi-lo.”
Conflito entre os três poderes
O ministro da Economia pediu moderação entre os três poderes e que o momento é de moderação, e não racha.
“A mensagem é saúde, emprego e renda – e moderação. Eu também estou tentando ficar mais moderado”, disse Guedes, que também destacou o papel da mídia para ser mais ponderada. “Acho que a mídia tem que dar uma moderada, o Supremo, o presidente (Bolsonaro). Está todo mundo muito nervoso, muito ansioso, radicalizando de um lado e de outro.”
O ministro ainda brincou, fazendo comparação com futebol. “O Fla-Flu (eleição) é no ano que vem, não é agora.”
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