
Congressistas da bancada ruralista demonstraram insatisfação com o relatório da reforma tributária, enviado pelo relator Celso Sabino (PSDB-PA) na terça-feira (13). Os representantes estão preocupados com possíveis aumento de impostos na proposta enviada pela equipe de Paulo Guedes.
Apesar das articulações com a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, os deputados e senadores querem retomar questões como a dívida do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural). O presidente da República Jair Bolsonaro prometeu durante a campanha eleitoral retirar alguns passivos bilionários.
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Ontem, a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) recebeu o subsecretário de Tributação e Contencioso da Receita Federal, Sandro Serpa, para reformular o projeto do imposto de renda. De acordo com o jornal Valor Econômico, o técnico defendeu a taxação de dividendos.
O governo explicou que o Brasil é uma das únicas nações a não tributar dividendos. A FPA rebateu e disse que países fora da OCDE também não tributam, e sempre há alguma regra de compensação quando o fazem.
“A reforma tributária não é fácil de tramitar, e o governo e parlamento já perceberam que alguns pontos têm que ficar para depois”, disse o deputado Sergio Souza, presidente da FPA. Especialistas acreditam que o governo “puxou a corda”, justamente para ter margem de negociação com os diferentes setores.
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