A Pesquisa de Expectativas do Consumidor de junho mostrou que a média das expectativas de inflação para os próximos 12 meses saltou para 4,8%, alta de 0,8 ponto percentual em relação a maio. Esta é a maior leitura da história para uma série que data desde 2013. A pesquisa foi realizada nesta segunda-feira pelo Federal Reserve de Nova York.
Embora a perspectiva para os próximos três anos permaneça inalterada em 3,6%, ainda está bem acima do nível de 2% que o Fed considera saudável para uma economia em crescimento.
Especialistas do Federal Reserve ainda mantém a expectativa de que o aumento da inflação não será duradouro. A projeção feita em junho era de um ganho de 3% em 2021 e teria queda para 2,1% nos anos seguintes, se encaminhando para uma estabilização.
Esta semana, o presidente do Fed Jerome Powell irá apresentar ao Congresso um relatório. No documento, Powell reiterou que as pressões inflacionárias são transitórias, e que este movimento é reflexo principalmente dos gargalos na cadeia de suprimentos, que deve normalizar á medida que a pandemia fique sob controle.
Mais indicadores de inflação estão a caminho esta semana. O índice de preços ao consumidor de junho, que influencia menos na tomada de decisão do Fed do que o índice de preços de despesas de consumo pessoal, deve mostrar um ganho de 5% ano a ano, igualando o nível de maio, que foi o mais alto desde agosto de 2008. Excluindo os preços voláteis dos alimentos e da energia, o IPC está projetado para aumentar 4%, de 3,8% para o que seria o mais alto desde janeiro de 1992.
Os consumidores pesquisados pelo Fed de Nova York esperam que a aceleração dos preços das casas continue a um ritmo anual de 6,2%, o mesmo de maio, embora a faixa de incerteza em torno dessa projeção seja a mais alta da história das séries.
Os trabalhadores veem os ganhos aumentar 2,6% em 12 meses, o maior desde o início da pandemia em março de 2020.
A expectativa de que a taxa de desemprego será maior em um ano caiu para 30,7%, a menor da série histórica.
