
O Credit Suisse fez uma nova projeção e elevou o preço de minério de ferro para os anos de 2021 a 2024. Com isso, o banco prevê que o preço da tonelada do minério para este ano passe de US$ 155 para US$ 179.
Leia também:
- Ibovespa opera em queda após IPCA vir abaixo do esperado
- Empresas captam R$ 253 bilhões no mercado financeiro, diz Anbima
Para o ano seguinte, a instituição financeira aumentou a projeção para US$ 144, ante US$ 120. Para o ano de 2023, a projeção fica na média de US$ 90 por tonelada, diante de uma demanda arrefecendo e a oferta em crescimento. Já as projeções para 2024 caíram de US$ 85 para US$ 80 a tonelada do minério de ferro.
As siderúrgicas globais continuam lutando para atender a demanda dos setores de automóveis, eletrodomésticos e construção. “Isso fez com que os preços do minério de ferro subissem cerca de 41% no acumulado do ano. Para níveis acima de US$ 200 a tonelada e a principal questão agora é quanto tempo essa corrida vai durar”, disse o banco em relatório.
“Além disso, vemos evidências de preços elevados incentivando o fornecimento adicional de minério de ferro. Esperamos que a produção doméstica de minério de ferro na China suba 50 milhões de toneladas este ano para 340 milhões de toneladas. Já as exportações de minério de ferro da Índia não estão caindo e esperamos que permaneçam relativamente estáveis em 46 milhões de toneladas, ante 44 milhões em 2020”, completou o comunicado.
Diante disso, o Credit Suisse manteve a recomendação de compra das principais mineradoras brasileiras, como a Vale, CSN Mineração e Usiminas. São mineradoras com avaliação mais atraente e mais barata comparadas aos concorrentes internacionais. Além disso, as companhias possuem uma projeção de aumento de caixa em dois dígitos nos anos de 2021 e 2023.
Usiminas
O Credit Suisse fez uma projeção do preço-alvo das ações da Usiminas de R$ 25,50 para R$ 28,50, com recomendação de compra.
“Acreditamos que a Usiminas é uma boa opção para aproveitar o impulso dos preços mais altos do minério de ferro e dos aços planos e também da forte dinâmica da demanda. Embora a operação de mineração de minério de ferro da Usiminas seja menos significativa do que a da CSN ou da Vale, prevemos que 39% do Ebitda da empresa em 2021 deve vir da commodity, o que fornece um forte suporte para o crescimento dos lucros”, disse o Credit Suisse.
Ainda, o banco direcionou para uma decisão favorável do Supremo Tribunal Federal (STF) que pretende gerar R$ 2,4 bilhões de créditos tributários devido à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS/Cofins. Com isso, deve haver auxílio para uma geração mais forte de caixa ao longo do próximo ano.
“Prevemos a Usiminas sendo negociada a 2,9 vezes o múltiplo EV / Ebitda de 2022, o que é atraente, sua média histórica é de 6,5 vezes, e entregando um Ebitda de R$ 11,8 bilhões em 2021, com e um forte rendimento de caixa de 24% neste ano”, completou.
Vale
O Credit Suisse elevou o preço-alvo das ADRs da Vale de US$ 25 para US$ 28 e manteve a recomendação de compra.
“No geral, acreditamos que a avaliação da Vale de 2,6 vezes o EV/Ebitda de 2022 parece excessivamente descontada e as perspectivas de retorno à frente são atraentes: vemos a Vale postando um forte rendimento de caixa de 15% entre 2021 e 2023 e sua política de dividendos deve trazer rendimentos de 8% em média nesse período”, informou o comunicado.
Além disso, o Credit acredita, em última análise, que os preços da mineradora ainda são muito atraentes para os investidores. E que não se deve ignorarem os fortes rendimentos de dividendos, aumentando as remessas e reduzindo os custos futuros.
CSN
Para a CSN, o preço-alvo das ações foram de 58,50 para R$ 65. O banco manteve a recomendação de compra e elevou o preço-alvo da CSN Mineração de R$ 11,50 para R$ 13. A exportadora de minério de ferro é dona de 79,14% da CSN Mineração.
“Acreditamos que o ímpeto deve permanecer forte para a CSN, visto que os preços do minério de ferro estão altos e os aumentos nos preços do aço no mercado doméstico ainda estão influenciando os resultados da empresa”, diz o banco.
Diante disso, o banco tem apostado que a geração de caixa para a empresa deve permanecer robusta. Isso deve reduzir a alavancagem a níveis estruturalmente mais baixos, resolvendo problemas de estrutura de capital do passado. “Isso, em nossa opinião, também deve abrir espaço para a CSN aumentar o pagamento de dividendos, mas rendimentos de dois dígitos em 2022-25 parecem alcançáveis. disse.
Se inscreva no nosso canal e acompanhe a programação ao vivo: