Gestor de FIIs, Moise Politi, fez análise para investimento em fundo imobiliário

A alta taxa de juros no mês de maio não foi positivo para os investidores que fazem aplicação em fundos imobiliários. Porém, diante da elevação da taxa Selic de 2,75% para 3,50% ao ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) sinalizou ainda uma nova alta de 0,75 ponto percentual na reunião de junho, o que elevará os juros para 4,25% anuais. Em entrevista exclusica à BM&C News, Moise Politi, gestor de FIIs da REC Gestão de Recursos, avalia cenário para o FIIs.
“O que impacta na remuneração dos fundos imobiliários, nas cotações e na precificação dos ativos é a taxa de juros de longo prazo. Entretanto, como os fundos imobiliários tem liquidez diária na Bolsa, os investidores compara cada vez mais com a Selic”, avalia Politi.
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O gestor de de FIIs disse ainda que os investimentos tendem a acompanhar a inflação, desde que não seja muito elevada. “A taxa que começa a incomodar é com a Selic acima de 8 ou 9%, o mercado não sofre tanto com uma Selic de 5 ou 6%. A Selic de 5 ou 6%, que é o que está sendo projetada para o fim do ano, não afetada de maneira dramática esses investimentos”.
Por fim, Politi concluiu que o setor de logísitica, shopping center tiveram destaque mesmo com a crise econômica causada pela pandemia de Covid-19. O setor de hotelaria, apesar de ter sido muito prejudicado no ano passado, tiveram demanda alta com a reabertura dos comércios e chegaram a terem ocupação de cerca de 80%. “Os mercados antecipam, se setembro, outubro tiver visibilidade de vacina e reabertura, o mercado vai antecipar um ou dois meses. Então, se acontecer em setembro, agosto ou julho a gente vai estar vendo uma certa recuperação desse setor”.