O impulsionamento ocorreu devido ao aumento da taxa Selic

(Reprodução/Pixabay)
O preço do minério de ferro e aço negociados na China atingiram números recordes nesta segunda-feira (10). O impulsionamento se deu por conta de uma demanda robusta, preocupações com a oferta e compras especulativas com o aumento da inflação.
Para setembro, os futuros mais ativos do minério de ferro na bolsa de commodities de Dalian, aumentaram 10%, para máxima recorde de 1.326 iuanes (US$ 206,30) por tonelada. Na bolsa de Cingapura, o contrato de junho do minério de ferro subiu 9,5%, para US$ 224,65 por tonelada.
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Na bolsa de futuros de Xangai, os preços do aço e os mercados spot também foram apoiados pelo aumento nos custos das matérias-primas. O vergalhão de aço com uma demanda em outubro avançou 6%, para 6.012 iuanes por tonelada, sendo o maior valor já registrado.
De acordo com os dados da consultoria Mysteel, os níveis de utilização da capacidade dos altos-fornos em 247 siderúrgicas na China avançaram para 90,59% na semana passada, registrando o maior nível desde o início de março.
Em entrevista à BM&C News, Alexandre Espírito, economista-chefe da Órama Investimentos, avaliou o cenário do minério e se ele estaria próximo a entrar em um superciclo. De acordo com ele, este é um processo que leva de 4 a 6 anos para “contextualizar”.
“Acreditar que os países, após a pandemia, vão voltar a ter crescimento muito expressivos para trazer novas altas muito superiores, eu acho muito complicado. Isso porque se eventualmente a inflação monetária aparecer em meados do ano que vem, o FED vai ter que antecipar a política monetária”, explicou. Assista: